PETAR - Parque Estadual e Turístico do Alto
Ribeira
O
PETAR situa-se na região do Alto do Ribeira, Bacia Hidrográfica
do vale do ribeira, sudoeste do estado de São Paulo a cerca de
320 km da capital do estado de São Paulo, nos municípios de Iporanga (75%) e Apiaí
(25%), podendo ser acessado pelas rodovias castelo branco ou
Regis Bittencourt.
CASTELO BRANCO - SP280
REGIS BITENCURT - BR116
RODOVIA DOS IMIGRANTES - SP055
Localização das Cavernas do Petar ( vide abaixo
)
O
Petar (Parque Estadual Turístico Alto do Ribeira) é um dos
parques mais antigos do estado de São Paulo, criado em 1958,
através do decreto nº32.283.
Com
área de 35.712 hectares, abriga o valioso matrimonio natural da
região do Alto do Ribeira, representado pela importante
biodiversidade natural do local, representado dos remanescentes
da Mata Atlântica, pelos sítios paleontológicos, arqueológicos e
históricos, e por abrigar uma das importantes províncias
espeleológicas do Brasil com mais de 400
cavernas cadastradas pela
SBE - Sociedade Brasileira de Espeleologia.
A
formação montanhosa e a densa vegetação presentes na região,
funcionam como uma barreira aos ventos que vêm do atlântico Sul,
causando uma alta precipitação chuvosa. A ação da água ácida nas
rochas calcarias, durante milhares de anos propiciou a formação
de cavernas com pisos, paredes e tetos ornamentados por inúmeros
espeleotemas (estalactites, estalagmites, colunas cortinas,
etc.) No Petar são encontradas cavidades naturais de diferentes
tipos e dimensões, sejam horizontais (chamadas de grutas ou
cavernas) ou verticais (chamadas de abismos).
Fauna
A
continuidade de outras unidades de conservação vizinhas, como o
Parque Estadual Intervales- PEI, Parque estadual Carlos Botelho-
PECB e Estação Ecológica de Xitué-EEX, aliado 'a existência de
uma área de entorno ainda conservada, assegurada à região
faunística de amplo território, como a onça-pintada(Panthera
Onça), o mono- carvoeiro ou espécies de vertebrados encontram-se
na lista de ameaçados de extinção, como rara ave marialeque (Onychorhyncus
coronatus), a ágil lontra (Lutra longicaudis) e curiosos cágados
(Hydromedusa mximiliani), entre outros.
Flora
O continuo ecológico da região permite a
sobrevivência de espécies típicas de matas integras, como
canelas (Ocotea ssp. E Nectandra sp.), (Cedros oleifera), etc.
Ainda, resultante do bom estado de conservação das matas,
encontram-se nestas unidades de conservação remanescente do
palmito-juçara (Euterpe edulis), considerada espécie-chave na
cadeia alimentar da mata atlântica, responsável, através de sua
grande quantidade de frutos, pela alimentação de vários animais
na floresta. Grande parte de sua extração é ilegal, e esta
espécie tem desaparecido das matas não protegidas. É importante
a grande quantidade de frutos, pela alimentação de vários
animais nas florestas.
Grande parte de sua extração é ilegal, e esta espécie tem se
aparecido das matas não protegidas. Importante também no
equilíbrio desta floresta é rica variedade de epífita
(bromélias, orquídeas, lianas), que colonizam os troncos e copas
de árvores frondosas, sendo lar para vários tipos de
invertebrados e anfíbios, alimentam grande parte da fauna
regional.
Cavernas
A
existência de plantas bem conservadas, à características de
relevo escarpo e cárstico (solúvel e propicio à formação de
cavernas), que faz frente aos ventos do Atlântico Sul resulta em
grandes quantidades de chuva, cuja água é armazenada e escoada
por densa drenagem superficial e subterrânea. A região funciona
como um enorme reservatório de água para o futuro. Deslumbrantes
cachoeiras, formadas por rios cristalinos. Lança-se rumo às
planícies, através de altitudes que variam de 200 a mais de
1.000 metros.
Correndo rápido pela acentuada declividade desta porção da Serra
de Paranapiacaba, as águas pluviais, saturadas de ácido
carbônico proveniente de solos altamente úmidos abrindo dutos e
galerias, originando um dos espetáculos mais incríveis da
natureza: as cavidades naturais ou cavernas calcárias. Seus
impressionantes e magníficos espeleotemas (estalactites,
estalagmites, cortinas, colunas, flores, e etc.) atestam esta
continua e lenta evolução.
Preservação
Minerações ilegais, extração de palmito, caça e pesca,
contaminação de rios, desmatamentos, são algumas formas de
agressão que ameaçam o PETAR. Alem dos trabalhos de
fiscalização, os esforços de preservação tem envolvido as
comunidades tradicionais que vivem na Unidade e na região de
entorno do parque, criado alternativas econômicas como o
ecoturismo, com formação de motores locais. Sob a
responsabilidade do Instituto Florestal, órgão da secretaria do
meio ambiente, a implantação do PETAR é realizada por equipe da
fundação Florestal, prefeituras municipais de Iporanga e Apiaí,
Polícia florestal e científicos e um grupo voluntariado e um
grupo de apoio, alem de outras instituições.
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